quarta-feira, 2 de junho de 2010

Câmara debate serviços prestados pela Celpe




A Câmara Municipal de Caruaru recebeu na noite desta terça-feira (1º) o superintendente de Operações da Celpe, José Cherem, que debateu junto aos representantes do povo, na Casa Jornalista José Carlos Florêncio, acerca dos serviços prestados pela Companhia em Caruaru. Na ocasião, cada vereador teve espaço para a retirada de dúvidas. “O assunto é polêmico, bastante complexo, mas vamos tentar responder às perguntas de todos”, explicitou o gestor no início do debate.

Confira as perguntas dos vereadores e as respostas do diretor da Celpe:

Tony Gel

O vereador Tony Gel (DEM) perguntou acerca dos transtornos ocasionados pelos estornos, em relação aos aumentos da Celpe. “Para uma concessionária com três milhões de clientes, fica difícil alterar cada conta, mas a Celpe cumpre o que a lei determina. Hoje, a Companhia está em dia com todos os estornos”, respondeu José Cherem.

Adolfo José

Adolfo José (PDT) questionou quanto aos constantes transtornos ocasionados pelas quedas de energia, que acabam por gerar até mesmo ações judiciais. “Essa queda pode ser gerada por vários motivos, com uma série de intervenções passíveis de ser realizada. Pode ser resolvida com uma modificação simples, com um prazo de regularização em 10 dias, ou em três meses, dependendo da situação”, frisou o superintendente.

Leonardo Chaves


Leonardo Chaves (PMDB) perguntou sobre a fiscalização quanto à sobrecarga em determinadas redes, que acabam por provocar a queima de eletrodomésticos em casas vizinhas. Um exemplo, segundo ele, é uma lavanderia que existe em Serra Velha, que quando começa a funcionar sobrecarrega a rede. Ele questionou acerca do poder que a Celpe tem de regularizar a situação. “A Celpe não tem controle dos eletrodomésticos que compro para a minha casa. Se a pessoa pede uma ligação normal e ninguém reclama que esse tipo de situação esteja acontecendo, a gente não tem como saber, para fiscalizar e indicar a regularização”, respondeu Cherem. Outro ponto apontado pelo edil foi a questão de várias contas recebidas em um mesmo mês. “Na zona rural, a legislação prevê que a leitura seja bimensal, para baixar o custo operacional da empresa e, portanto, da tarifa. Em outros casos, pode ser engano e o cliente deve solicitar a revisão”, indicou.

Lícius Cavalcanti


O questionamento do vereador Lícius Cavalcanti (PC do B) foi referente à causa da apresentação do requerimento que solicitou a presença dos gestores da Celpe na Casa, para esclarecer a situação. O tema foi o pico de cobranças abusivas, entre os meses de novembro e dezembro, consideradas absurdas na opinião do parlamentar. “Pessoas de baixa renda sofreram com a situação. O que provocou tais aumentos e cortes, já que o Código de Defesa do Consumidor é claro ao ditar que a interrupção brusca de um produto elementar, como a energia, não é permitida?” O edil questionou, ainda, sobre o pagamento pela retirada de postes, quando colocados em lugares errados, segundo ele. “Em caso de postes, a Prefeitura coloca o meio-fio no início da formação do loteamento. Depois, precisa que a rua seja alargada, por conta do crescimento da cidade. Não houve colocação de poste errado, e a legislação impõe que a concessionária pode cobrar. O município é que tem que arcar com o custo. Braço de iluminação, também é determinado pela legislação que a Prefeitura pague”. Respondeu o gestor.

Zé Carlos

Zé Carlos do Sindicato (PSC) perguntou o porquê de tantas lâmpadas apagadas na cidade, além das constantes gambiarras. “Com relação à queima de lâmpadas, o cliente reclama e em 72 horas a gente atende. Cumprimos uma média de 98% das solicitações. A situação complica ainda mais em dias de chuva. Hoje, no final da tarde, tínhamos 58 solicitações de substituição de lâmpadas queimadas. Precisamos identificar o que houve nesses casos em específico, citados pelo senhor. A demora é uma questão que não pode acontecer, porque nós temos recursos necessários para corrigir isso. A ligação na zona rural ainda ocorre, como citei, mas precisa obedecer aos parâmetros de orçamento, como expliquei anteriormente. Com relação às gambiarras, é uma luta constante, porque encarece o custo de energia. Gastamos muito dinheiro para combater, mas é preciso que haja denúncias, para o combate à prática”, explicitou José Cherem.

Diogo Cantarelli


O parlamentar Diogo Cantarelli (PSDB) questionou sobre a quem cabe o ônus em relação à expansão de rede. “Não tem custo nenhum para o cliente. Para uma rua nova, tem que se fazer um projeto, com curto prazo para orçar e concluir a obra”, expressou o gestor.

Demóstenes Veras


O vereador Demóstenes Veras (PDT) questionou se no caso de lâmpadas de uma mesma potência podem ser trocadas sem passar pela autorização orçamentária da Prefeitura e em qual tempo hábil isto pode ocorrer? “Eu tento atender a todos os pedidos em 72 horas. Apesar das falhas, a gente tenta cumprir. Eu acompanho as solicitações semanalmente. Quanto a uma possível penalidade, isso não é regulamentado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Mas, é importante que fique claro que a Celpe não tem responsabilidade com toda a iluminação da cidade, já que, 100% das concessionárias só faz manutenção na luminária padrão. As ornamentais é de responsabilidade da Prefeitura”, esclareceu o superintendente.

Bruno Lambreta

O vereador Bruno Lambreta (PP) sugeriu: “Será que não seria interessante uma maior parceria entre a Prefeitura e Celpe?” O superintendente foi claro: “A Celpe está aberta, mas não podemos esquecer que esse é o nosso negócio. É uma decisão da Prefeitura permanecer com a Celpe ou não”.

Edmilson do Salgado

Edmilson do Salgado (PC do B) detalhou a situação da zona rural, em específico, o distrito de Malhada de Pedra. Segundo ele, a solicitação para a substituição de lâmpadas queimadas já ultrapassa 60 dias, mas ainda não foi atendida. O comunista relatou, também, sobre o problema enfrentado pelos moradores do Loteamento Monte Carmelo, no Salgado, que precisaram puxar uma gambiarra, por não terem sidos atendidos no que diz respeito à solicitação de ligação de energia. “Vamos providenciar para ver o motivo das situações ainda não terem sido resolvidas. Isso não pode acontecer”, respondeu José Cherem.

Lula


Lula Tôrres (PR) foi enfático. “Qual o período em que se tem maior possibilidade de problemas de rede e, nessa temporada, não teria como se aumentar o contingente de equipe?” O gestor frisou: “O período de chuvas e ventos. O reforço existe, mas infelizmente não se consegue resolver 100% dos problemas”.

Alecrim

O vereador Manoel Alecrim (DEM) desabafou: “Na teoria está ótimo, mas na prática é diferente”, ao se referir a algumas situações específicas de pessoas que o procuram em seu escritório. “Nós vamos providenciar e melhorar”, resumiu o gestor.

Zé Ailton e Laura Gomes

Zé Ailton (PDT) e Laura Gomes (PSB) pediram detalhes sobre o processo de pedido de eletrificação rural. “Toda pessoa tem direito, desde que o custo unitário de ligação seja inferior a R$ 16 mil. Além disso, ela precisar ter poste e caixa. Se passar disso, a ligação não é possível. Com o aumento de habitação na área, o custo dessa ligação cai, o que possibilita a ligação. É uma regra do governo Federal, a qual toda concessionária tem que cumprir. São regras estabelecidas pela Anaeel”, explicou o superintendente, destacando que o investimento em eletrificação rural, para este ano, gira em torno de R$ 30 milhões.

Rogério Meneses

O Presidente da Casa, Rogério Meneses (PT) perguntou o motivo pelo qual o sistema de pedido de ligação passou de via telefone para o enfrentamento de filas. “Por conta da comprovação da responsabilidade, apresentação de documentação. Por telefone não tem condições disso ser feito”, explicou Cherem.

Requerimento

A solicitação da visita do representante da Celpe foi do vereador Lícius Cavalcanti (PC do B), que vinha recebendo constantes reclamações, por parte da comunidade caruaruense, acerca dos serviços prestados pela empresa. “Esta Casa não podia ficar de braços cruzados diante dos abusos cometidos pela companhia”

O vereador Bruno Lambreta (PP) também tinha solicitado a visita da Celpe, no entanto, o objetivo do requerimento era a realização de uma Audiência Pública para debater a questão da falta de iluminação pública nos bairros de Caruaru. “Íamos convocar também o Ministério Público e outros órgãos, mas devido à urgência da vinda da Celpe para o debate, aproveitamos para fazer todos os questionamentos necessários”, explanou o progressista.

Sessão Ordinária

Estiveram, ainda, presentes, o gestor de Serviços de Rede da Regional Caruaru, Josias Andrade; o gestor de Atendimento da Regional Caruaru, Aderson Andrade; o Analista de Negócios da Regional Caruaru, Rafael Mendonça; o gestor de Expansão de Rede e Novas Ligações, João Monte; o Gerente de Atendimento da Celpe, Valter Couto, além do gestor da prestadora de serviços Elétrons, Manoel Moura.